Repertório


A HISTÓRIA QUE A MANHÃ CONTOU AO TEMPO

(Indicado ao Prêmio Braskem de Teatro 2014)
(Espetáculo Selecionado para o Kit Difusão do Teatro da Bahia)


VÍDEO

Estou muito, muito, muito tocado (...) E ainda montar O Gato Malhado com apenas duas pessoas... Estou muito emocionado... Sem palavras. (...) A ideia de usar bonecos foi fantástico! (...) E ver todas essas crianças atentas... (João Jorge Amado)

SINOPSE - Uma história de antigamente, mas muito antigamente, nas profundas do passado, quando os bichos falavam, os cachorros eram amarrados com linguiça, alfaiates casavam com princesas e as crianças chegavam no bico das cegonhas... Aconteceu naquele então , a história do amor impossível entre um gato mal humorado e uma linda e amigável andorinha.

ESTÉTICA - Resgatando a tradição dos contadores de histórias, os atores assumem personagens e narração, num jogo teatral lúdico e recheado de canções, que mescla humor e lirismo para contar, a crianças e jovens de todas as idades, uma fábula de amor e (in) tolerância entre seres de espécies diferentes.
Neste jogo-brincadeira, a criança é convidada não apenas a seguir a fábula e a se encantar por ela, como também a se entreter e se envolver, de forma espontânea, com os procedimentos cênicos utilizados.

A adaptação e direção são de Heraldo Souza, que divide o palco com Etiene Bouças. O texto é livremente inspirado na obra de Jorge Amado O Gato Malhado e a Andorinha Sinha .

A história é um universo de afeições e toca diretamente no problema do preconceito e da intolerância. E, apesar de tudo, traz a mensagem positiva de que amar vale a pena. (Heraldo Souza, diretor) .

PROJETO - O projeto foi vencedor do edital Demanda Espontânea do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA) e fez parte das comemorações do centenário de Jorge Amado.

A peça foi feliz na sua adaptação. Simples, nada de cenários super produzidos, efeitos mega especiais ou figurinos bufantes, porém precisa e rica em beleza, em texto, em música, em interpretação, em maquiagem, em luz e cor, em música e expressão pura e artística. TEATRO. Que quero dizer é que não tinha nada demais em cima do palco que pudesse entreter as crianças pelas cores, pelo excesso. (...) O texto, mesmo sendo um espetáculo infantil, em momento nenhum idiotizou as nossas crianças. Perfeito, rebuscado na medida, lírico, na outra, com humor e romantismo. Tempo certo de peça, não mais do que uma criança possa absorver e se entreter, ou maior do que o tamanho da sua bexiga... (Tereza Saphira Cordeiro).

HISTÓRICO:
- CENTRO DE CULTURA OLÍVIA BARRADAS (Valença): 10 e 11 de Julho de 2013, 10h e 15h.
- ENCONTROS DE DOMINGO (Espaço Xisto Bahia, 6ª edição): 28 de julho de 2013, 9h.
- ESPAÇO XISTO BAHIA (Salvador): 13 de julho a 11 de agosto de 2013, 16h.
- FESTIVAL XISTINHO (Espaço Xisto Bahia) 2013: 08 A 13 de outubro de 2013.
- MOSTRA SESC DE ARTES (Aldeia Pelourinho, 9ª edição): 23 de outubro de 2013.

FICHA TÉCNICA:
Texto e direção: Heraldo Souza
Co-direção: Etiene Bouças
Elenco: Etiene Bouças e Heraldo Souza
Atriz Convidada: Marilene Senna
Figurinos: Etiene Bouças
Costureira: Angélica Paixão
Cenário: Heraldo Souza
Iluminação: Heraldo Souza
Operação de Luz: Nathan Lemos
Trilha Sonora Original: Heraldo souza
Produção Musical e Arranjos: Luciano Bahia
Operação de Àudio: Raphael Veloso
Coreografia e Maquiagem: Cabriola Cia de Teatro
Máscaras e Bonecos: Grupo Ereoatá e Cabriola Cia de Teatro
Fotos: Uarlen Becker

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CORDEL DAS FÁBULAS FABULOSAS

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SINOPSE:
Um macaco lutando por sua banana; Um leão preso na armadilha de um caçador; As
aventuras de um velho para vender seu burro e a mais tradicional de todas as fábulas: A
Cigarra e a Formiga. Esse é o clima da peça ?Cordel das Fábulas Fabulosas?
apresentada pela Cabriola Cia de Teatro, sob a direção de Heraldo Souza.

Fundindo os elementos do lúdico e do pedagógico, as histórias protagonizadas por
animais que possuem características humanas, ao mesmo tempo que distraem o
espectador, ilustram experiências e vivências próprias dos seres humanos. Desta
maneira, a aparência de entretenimento camufla a proposta didática presente na peça.
O texto segue a estrutura da literatura de cordel. E para contar as histórias, os atores
Etiene Bouças e Heraldo Souza, utilizam técnicas de origami, máscaras, fantoche e
danças folclóricas como ?Cavalo Piancó? que imita o trote da um cavalo manco.

DESCRIÇÃO:
Este espetáculo faz parte do Projeto de Incentivo a Leitura e Contação de Histórias criado pela Cabriola Cia de Teatro que teve início em 2009 com a peça ?Quem Conta, Faz-de-Conta? (Indicado ao Prêmio Braskem de Teatro como Melhor Espetáculo infanto-Juvenil de 2009) e participou de eventos como o Encontro de Culturas Populares e Identitárias na Bahia; FILTE 2010 ? Festival Latino-Americano de Teatro na Bahia e foi convidada para representar o Brasil e a Bahia no V ENCUENTRO INTERNACIONAL DE MAESTROS Y ESCUELAS DE TEATRO. QUITO 2011. Uma realização da UNIVERSIDAD CENTRAL DEL EQUADOR - FACULTAD DE ARTES.
"Cordel das Fábulas Fabulosas" é o terceiro trabalho desse projeto e o oitavo do repertório da Cia. que atende aos objetivos de produzir uma informação ampla e abrangente, disponibilizando conteúdos artísticos, permitindo o deleite estético e promovendo uma diversidade cultural através da oferta de programação diversificada, educativa e cultural a todas as faixas de público.
Objetivos: Psicólogos e comunicadores afirmam que as pessoas guardam 20% do que ouvem, 40% do que vêem e 60% do que vêem e ouvem ao mesmo tempo. Por isso objetivamos, com este espetáculo, incentivar a leitura ? por meio da combinação entre qualidade técnica, linguagem e conteúdo apropriado ? assim como despertar no espectador (pais e filhos) o gosto por contar histórias, visando a conquista de novos leitores e contadores no seu âmbito social.
Temporada / Eventos / Festivais: O espetáculo completará, em março de 2013, 02 anos em cartaz ininterruptamente, circulando por cidades do interior da Bahia e de outros estados, como Pernambuco e Santa Catarina, num total de 11 cidades e mais de 150 apresentações realizadas em espaços diversos como teatros, espaços culturais, bibliotecas públicas e em um "Palco Móvel" (caminhão que se desdobra para virar um palco). Estreou em 2011 no "Caldeirão Cultural" - Festival de Arte e Cultura do Subúrbio (Salvador). Este ano estreou na Capital Baiana em quatro grandes projetos para homenagear o mês das Crianças: Vilerê (O Mês da Criança no Vila Velha); Festival Xistinho (Arte, Brincadeira e Traquinagem no Espaço Xisto Bahia); Domingo Tem Teatro (Campanha de Popularização do Teatro para Infância e Juventude); FENATIFS (Festival Nacional de Teatro Infantil de Feira de Santana - Edição Especial 2012). Já está selecionado para participar do 2º FESTCASA - Festival de Artes Cênicas de Caetité (Ba.) que acontecerá em novembro de 2012. E foi habilitado no Credenciamento do CCPI - Centro de Cultura Populares e Identitárias da Secretaria de Cultura do Esado da Bahia.
Formato: Parte dos elementos cênicos usados nas apresentações são confeccionados pelo público após uma oficina de origmi ministrada pelo Grupo antes das apresentações.

Estética: Fundindo os elementos do lúdico e do pedagógico, as histórias protagonizadas por animais que possuem características humanas, ao mesmo tempo que distraem o espectador, ilustram experiências e vivências próprias dos seres humanos. Desta maneira, a aparência de entretenimento camufla a proposta didática presente na peça.
O texto segue a estrutura da literatura de cordel. E para contar as histórias utilizamos técnicas de origami, máscaras, fantoche e danças folclóricas como ?Cavalo Piancó? que imitando o trote da um cavalo manco.

Intercâmbio Cultural: Este espetáculo resultou de um intercâmbio cultural entre a Cabriola Cia de Teatro (Salvador) e o Grupo Cantos do Rio (Rio de Janeiro) que assina a trilha sonora original e contribuiu para a adaptação do texto.

JUSTIFICATIVA:
Muitas vezes, as pessoas acham que estimular a leitura significa dar de presente um livro ou obrigar a criança a ler algum livro dado a ela. A leitura é um ato cultural e, no Brasil, essa atividade não goza de grande prestígio. Para começar, deve-se considerar que o leitor é uma pessoa que possui gostos e preferências como qualquer outra. Por conta disso, impor leituras desde cedo pode não funcionar como estímulo e até mesmo gerar desinteresse. Cotidianamente há outros problemas que interferem na relação com a leitura, como colocar de castigo uma criança e obrigá-la a ler como punição. Diante dessa atitude, cria-se uma relação de ódio com a leitura e aversão ao livro, pois ele ficou associado com algo negativo.
Enfim, a leitura precisa fazer parte dos assuntos familiares, os pais leitores estimulam muito mais seus filhos a lerem do que os que presenteiam os filhos com livros que jamais abriram. Delegar a responsabilidade de incentivo à leitura para a escola é uma atitude muito cômoda, mas pouco eficaz.
Contar histórias para crianças (fazer de conta) é sustentar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a muitas perguntas, é encontrar idéias para solucionar questões, é uma possibilidade de descobrir o mundo intenso de conflitos, dos impasses, das soluções que todos vivemos e atravessamos através dos problemas que vão sendo enfrentados (ou não), resolvidos (ou não), pelos personagens de cada história. Fazer de conta é uma fonte muito rica de incentivo à leitura. Além do prazer que proporciona à criança (e aos pais), contribui para educar-lhe o ouvido e a sensibilidade. Ver e ouvir histórias não é apenas um lazer, um passatempo; é, também, um recurso valioso e agradável para a predisposição à aprendizagem e para sua complementação.

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A HISTÓRIA DO NAVIO OU A PENA DOURADA
(Prêmio de ?Melhor Texto? no Festival Curta Cena de Teatro 2012)

Release:
Brasil, 13 de maio de 1888. A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil...
Os revoltosos saíram do mato. Os outros já estão por tada parte, nas lavouras, nas cidades, dentro das casas... Apenas um insiste em ficar, rejeitando o gesto da Princesa.

Houve um tempo em que o dia da Abolição da Escravatura era incluído entre os feriados nacionais. Hoje é data quase sempre esquecida. A tomada de consciência das populações negras no Brasil fez com que se rejeitassem, principalmente pela maior parte dos descendentes dos antigos escravos, o 13 de maio, preferindo se festejar o dia 20 de novembro, o da morte de Zumbi dos Palmares, denominando-o ?Dia da Resistência Negra? e considerando-o mais digno de comemorações.
Nos perguntamos se haverá mesmo o dever, por parte dos descendentes dos escravos, de agradecerem por essa liberdade que lhes foi dada. Ou será mais lógico considerar o ?13 de maio?, apenas como uma etapa vencida no curso de um processo longo de luta pela libertação, iniciada e sustentada, durante muito tempo, pelas freqüentes e por vezes vigorosas revoltas de escravos, ocorridas tanto na época do Brasil - Colônia como na do Brasil - Império, e continua a desenvolver-se, com novos aspectos, nos dias atuais, sem se poder prever, no entanto, quando ou como será alcançada.
O duelo verbal estabelecido entre os personagens da peça em um ato, oferece subsídios para que cada espectador tire suas próprias conclusões.
O texto de Heraldo Souza foi publicado em 2000 pela Litteris Editora (RJ) após concurso literário que envolveu tdo o estado. Em 2012 foi o vencedor do II Festival Curta Cena de Teatro em Salvador.

TEXTO E DIREÇÃO: Heraldo Souza

ELENCO: Heraldo Souza, Isaque Pires e Luiz Guimarães
ASSISTENTE DE DIREÇÃO, FIGURINOS e SONOPLASTIA: Etiene Bouças
FOTOS: Tomaz Coelho
Realização: Cabriola Cia de Teatro


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É MEU, É SEU, É NOSSO!
Uma história de amor e solidariedade

É MEU, É SEU, É NOSSO! é um musical para todas as idades que mostra a luta de um menino para vencer uma terrível doença. Nessa sua trajetória conta com a força da família e dos amigos e é esta solidariedade quem cria a esperança de uma vitória.

O texto é do premiado dramaturgo Deolindo Checcucci (O Vôo da Asa Branca, Raul Seixas, Irmâ Dulce). A direção é de Heraldo Souza, que também assina A trilha sonora que será executada, cantada e dançada pelos atores. Heraldo Souza foi vencedor do prêmio de ?Melhor Trilha Sonora Original? no Festival Nacional Ipitanga de Teatro 2008 e indicado ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria ?Revelação? pela composição e arranjos das músicas da peça Os Prequetés em 2009.

A montagem é uma realização do GACC ? Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Bahia), em parceria com a Cabriola Cia. de Teatro.

O GACC é uma instituição filantrópica fundada em 1988, com o objetivo de dar suporte a todas as crianças carentes do estado da Bahia e às suas famílias, evitando o abandono do tratamento do câncer infanto-juvenil. Assiste cerca de 300 pacientes por mês, juntamente com seu acompanhante, totalizando mais de 3.000 famílias nesses 22 anos - que serão completados em de maio deste ano. A instituição contribui para que as chances de cura atinjam mais de 70% e que nenhum paciente abandone o tratamento.


Ficha Técnica
Direção: Heraldo Souza
Texto: Deolindo Checcucci
Elenco: Aline Lopes, Elinaldo Nascimento, Isaque Pires, Josevaldo Fortes, Julio Cesar Mello, Lucy Castro, Lika Ferraro, Mariana Damásio.
Assistente de direção: Etiene Bouças
Figurinos, coreografias e cenografia: Heraldo Souza
Direção Musical: Heraldo Souza
Iluminação: Luiz Guimarães
Preparação corporal para cena: Lika Ferraro
Cenotécnico: Evando Cézar
Assistente de produção: Aline Lopes
Músicos: Elinaldo Nascimento (violão), Josevaldo Fortes (Flautas, Escaleta), Lucy Castro (percussão)
Costureira: Angélica da Paixão
Fotos: Aldren Lincoln.


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QUEM CONTA, FAZ-DE-CONTA!
Musical para todas as idades

Quando finda a noite, a Trupe do Sol Nascente é desperta pela sonora garganta da ave da alvorada, a trombeta da manhã que anuncia mais um dia. O belo está no alvorecer. E todos preparam figurinos, cenário e instrumentos musicais para mais uma apresentação com música e dança, com gente e com bonecos para contar as velhas histórias guardadas na memória. Quem conta, faz-de-conta. Quem ouve, vai guardando na memória, para que nem o tempo apague a tradição.

Trata-se de uma adaptação de contos populares. A estética da montagem busca no universo da cultura popular os elementos para a sua estruturação.

A trilha sonora original (composta por Heraldo Souza, vencedor do prêmio de ?Melhor Trilha Sonora Original? no Festival Nacional Ipitanga de Teatro 2008 e indicado ao Prêmio Braskem de Teatro na categoria ?Revelação? pela composição e arranjos das músicas da peça Os Prequetés), será executada e cantada pelos atores, ao vivo. Heraldo Souza assina também a direção e adaptação.

A peça, que estreou em 2009, foi indicada ao Prêmio Braskem de Teatro 2010, participou como espetáculo selecionado da mostra nacional do FENATIFS 2009 (2º Festival Nacional Infantil de Feira de Santana), foi convidada para fazer a abertura do 1º FESTIVAL DE CONTADORES DE HISTÓRIAS da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, participou do Festival Internacional de Teatro de Curitiba 2010, se apresentará no I Festival Nacional de Teatro de Natal (RN) no dia 1º de agosto, retornando para uma nova temporada no Teatro SESI ? Rio Vermelho (Salvador) em agosto e setembro deste ano.

Ficha Técnica
Elenco: Etiene Bouças, Elinaldo Nascimento, Heraldo Souza Luiz Guimarães e Lucy Castro.
Texto, direção e músicas: Heraldo Souza
Adereços e máscaras: Maurício Pedrosa
Assistente de direção: Etiene Bouças
Operação de luz: Evando Cézar
Fotos: Heraldo Souza e Evando Cézar


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OS PREQUETÉS

A peça é uma livre adaptação da obra de Ana Maria Machado e conta a história de uma menina que não gosta de cumprir regras porque acredita que elas são inúteis, até ser levada pela sua imaginação ao País dos Prequetés, um lugar onde as regras não existem.
Ao misturar realidade e fantasia a peça consegue se aproximar do universo das crianças sem subestimar-lhes a inteligência e a capacidade que elas próprias têm de resolver seus problemas e inserir-se na realidade. De uma maneira inteligente e divertida o texto provoca a reflexão sobre o conceito de autoridade e convívio social.
A estética da montagem busca no universo da cultura popular os elementos para a sua estruturação. O circo, o teatro, a ciranda, o carnaval, são alguns dos referenciais utilizados. Os elementos cênicos e a cenografia são utilizados partindo da ideia de que existem vários objetos num só objeto, mostrando ao público como os recursos lúdicos podem ser explorados à medida que usamos nossa imaginação, criatividade e poesia na vivência do cotidiano.
A direção é de Heraldo Souza (Indicado ao Prêmio Braskem de Teatro 2009, na categoria ?Revelação? pela composição e arranjos e premiado como Melhor Diretor no Festival Nacional Ipitanga de Teatro 2008 pela peça O Aluguel), que também assina a trilha sonora original cantada, tocada e dançada pelos atores.

A Autora:
Ana Maria Machado é autora de mais de cem histórias para crianças e jovens, pelos quais recebeu, em 2000, o Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o NOBEL da literatura infanto-juvenil. Em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe conferiu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, também pelo conjunto de sua obra.

"Fiquei deveras gamado
pela figura de Nita,
a criação tão bonita
de Ana Maria Machado.
Por onde quer que ela siga,
brota uma alegre verdade.
Se bento que bento-é-o-frade,
ai Nita-que-Nita-amiga!"

Bilhete de Carlos Drummond de Andrade.

Em 1979, a peça No País dos Prequetés foi encenada no Rio, com Sonia Braga no papel de Nita. Numa época em que ainda não era fácil nem comum tratar de assuntos dessa natureza. Só mesmo uma figura alegre e corajosa como Nita para fazer o que ela fazia naqueles tempos!
Aqui em Salvador a adaptação de Heraldo Souza com a Cabriola Cia de Teatro ganhou o Prêmio Breaskem de Teatro 2009 na categoria ?Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil de 2008?, além de mais 05 prêmios em festivais, incluído ?Melhor Espetáculo?, ?Melhor Diretor?, ?Melhor Trilha Sonora Original?.

Atualmente as crianças não têm um pátio para brincar. Superfamiliarizadas com videogames, televisão e computador, não conhecem o prazer de criar brinquedos com caixinhas e latas, botões e madeirinhas. Nem mesmo jogos de montar.
Esses brinquedos oportunizam e favorecem a brincadeira livre e a fantasia. A criança coloca no objeto com que está brincando o significado que ela deseja no momento. Enfim, na pressa do dia-a-dia, os pais e professores tentam simplificar suas rotinas e tarefas, oferecem brinquedos já prontos e que não requeiram montagem, pois não fazem sujeira, nada que precise limpar, arrumar.
Sendo assim, a criança desenvolve-se num meio distante do lúdico, são tratadas como adultos em miniaturas onde o que é mais importante é estudar, aprender, adquirir conhecimentos, desenvolver habilidades, estimular as inteligências, visando aos objetivos alheios aos seus interesses.
A nossa peça apresenta a brincadeira não como um mero passatempo, mas como um elemento que ajuda no desenvolvimento das crianças, promovendo processos de socialização e descoberta do mundo. E mostra que é possível superar os problemas existentes e oferecer melhores condições de desenvolvimento às crianças, ampliando e valorizando o espaço e as oportunidades de brincadeira.
Um dos objetivos é resgatar brincadeiras do universo infantil que proporcionam um contato mais humano entre seus participantes e exijam criatividade e imaginação na sua elaboração, contando com o recurso do improviso na confecção dos elementos a serem utilizados, reciclando, adaptando, transformando... Acentuando a importância das brincadeiras na evolução dos processos de desenvolvimento humano ? diz o diretor Heraldo Souza.

FICHA TÉCNICA:
Direção, Adaptção e Músicas: Heraldo Souza
Elenco: Daniel Calibam, Etiene Bouças, Luiz Guimarães, Mariana Damásio, Heraldo Souza, Elinaldo Nascimento, Marilene Senna e Lucy Castro.
Figurinos: Etiene Bouças
Fotos: Aldren Lincoln
Contra-regra: Nay Aelo


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O ALUGUEL
(Uma problemática social, atual e realista)

A peça O ALUGUEL (Prêmio de Melhor Diretor e indicado aos prêmios de Melhor Ator, Melhor Ator coadjuvante, Melhor Texto e Profissional Revelação no Festival Nacional Ipitanga de Teatro 2008) conta a história de Tento e Jujuba, inadimplentes em um barraco na favela, que são pressionados a quitar os débitos referentes à locação do imóvel, sob pena de morte. Desempregados, descem do morro para o asfalto com a promessa de conseguir, naquela manhã de domingo, após uma noite em claro, a qualquer preço, o dinheiro para O ALUGUEL. Para conseguir quitar o débito, um deles explora o talento como malabarista e o outro trabalha lavando os pára-brisas dos carros nos semáforos. A situação se agrava quando Jujuba tenta socorrer um homem que passa mal na calçada e o desconhecido morre, ficando o acontecido sob sua responsabilidade. Agora Tento e Jujuba devem explicação não só à Gorduchona (dona do barraco), mas também à polícia.
Temporada:
A peça estreou em julho de 2007, concorreu ao prêmio de Melhor Texto no Prêmio Braskem de Teatro e fez temporada nos seguintes teatros: Tearo da Barra (Salvador) ? Maio/junho de 2007 Teatro Gregório de Mattos (Salvador) ? Março de 2008 Espaço Xisto Bahia (Salvador) ? Setembro/outubro de 2008 (Contemplada com o Edital de Ocupação de Espaços Culturais realizado pela FUNCEB)
O Texto:
?Escrevi O ALUGUEL depois de perceber a relação conflitante que existe entre os trabalhadores de sinaleiras e os motoristas, seus possíveis fregueses. Esse foi o ponto de partida para abordar temas como preconceito, violência urbana, desigualdade social, desemprego, corrupção, trabalho infantil, exclusão social... Mas também, sonho esperança, família, luta pela sobrevivência diária... Basta lançar um rápido olhar pelas ruas para se notar uma presença freqüente de jovens nas sinaleiras das grandes cidades. Seja para vender doces, lavar vidro dos carros, ou pior, para fazer assaltos. Eles observam atentamente os carros que passam e depositam, em qualquer um daqueles motoristas, a esperança de ganhar o trocado que garantirá a refeição diária. De início indignamo-nos com a situação. Mas em pouco tempo nos acostumamos e tudo isso passa a fazer parte da decoração de uma cidade que cresce assustadoramente, assim como a sua desigualdade social. Esses ?meninos de sinaleira? deveriam estar na escola. E lá dentro deveria ser melhor do que aqui fora. Mas, apenas uma advertência verbal da professora ou dos pais não basta para quem, muitas vezes, não sabe o significado dos verbos?